Negócio saudável

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Ações governamentais tomadas nos últimos anos obrigaram as empresas a rever seus investimentos nas áreas de segurança do trabalho, meio ambiente e saúde ocupacional. A criação do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), em 2003, e a obrigação do registro de todos os eventos no eSocial a partir do ano que vem, não só fizeram as empresas despertarem para a importância dessas atividades, mas, também, começarem a vê-la como aliada estratégica na redução de custos e aumento da produtividade.

Gerson Nogueira, gerente de higiene, segurança e medicina ocupacional da Fibria, vê o eSocial como um grande benefício para os trabalhadores, bem como para as empresas à medida que elas tenham capacidade de se adequar às exigências da plataforma. “Do ponto de vista de impacto para a empresa, ele vai exigir uma operacionalização muito forte, principalmente dos sistemas informatizados, mas também uma mudança na gestão de pessoas da liderança. Por exemplo, toda parte de saúde ocupacional com relação à realização dos exames periódicos, os afastamentos médicos, controle de atestados, perícias previdenciárias terá de funcionar como um relógio e vai mexer bastante com o modelo de gestão”, analisa.

O médico também vê a adoção do FAP e do NTEP como benéfica para as organizações, pois induz um investimento maior em prevenção. No entanto, Nogueira afirma que ainda há algumas inconsistências nos dois fatores — FAP e NTEP — que estão sendo discutidas pela classe empresarial com o Ministério da Previdência.

Embora a Fibria exista há apenas cinco anos, resultado da fusão da Votorantim Celulose e Papel (VCP) com a Aracruz Celulose, a estrutura da área de saúde ocupacional foi herdada da VCP e é responsável por uma população de aproximadamente 17 mil pessoas entre funcionários diretos e terceiros.
A empresa tem um programa de promoção de saúde e qualidade de vida que está sob gestão da área de benefícios. Entretanto, a troca informações é constante com o departamento médico, seja na identificação de grupos de risco que reúnem hipertensos, diabéticos, obesos, fumantes, ou na fomentação de investimentos no programa de qualidade de vida.

Nogueira afirma que é um compromisso da empresa, do ponto de vista de seus valores, o respeito aos seus profissionais. Isso significa que todo investimento feito visa justamente criar um ambiente de trabalho saudável e agradável para as pessoas. Tanto que a equipe de saúde ocupacional da Fibria frequenta grupos de benchmarking para ajudar a companhia a ter cada vez menos registros de ocorrências.

Ele ainda destaca a satisfação dos colaboradores com o serviço de segurança e saúde ocupacional apontada tanto na pesquisa de clima organizacional quanto com o alto índice de participação nos programas desenvolvidos nas unidades industriais e florestais.

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Preocupação global
A Philips é outra corporação que leva bastante a sério a atividade de saúde ocupacional. A companhia tem uma política global cujo objetivo é promover o mais alto nível de saúde e segurança dos funcionários, estagiários e terceiros no ambiente de trabalho, garantindo que os acidentes e doenças ocupacionais tenham suas causas identificadas e corrigidas, e que toda a legislação do país seja cumprida.

Todos os procedimentos e instruções operacionais de segurança são elaborados observando as determinações legais do Ministério do Trabalho por meio das normas regulamentadoras — Convenção Coletiva de Trabalho e normas da ABNT. Para atender a essas legislações as corporações estruturaram ações estratégicas como Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, Organização da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Ademais, treinamento de brigada de emergência, instalação de desfibrilador externo automático no local de trabalho, organização da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), avaliação ergonômica e realização de campanhas educativas de saúde e segurança do trabalho com ampla divulgação nos meios de comunicação internos.

Elis Yamaguchi, diretora de RH, explica que a Philips é uma empresa de tecnologia diversificada, que atua nas áreas de cuidados com a saúde, estilo de vida do consumidor e iluminação. Diante de ramos de atividades tão diversificados, que vão de serviços combinados de escritório e apoio administrativos, comércio varejista de artigos médicos, desenvolvimento e licenciamento de programas de computador e consultoria em TI à fabricação de aparelhos eletromédicos e eletrodomésticos, os graus de risco estão entre 1 e 3.

Ao adotar a gestão integrada de saúde por meio de uma política única, Elis acredita que os programas implementados estão em consonância com as expectativas de uma sociedade moderna, participativa e consciente da necessidade de preservar a qualidade de vida do indivíduo como um todo.
O Programa de Saúde e Bem-Estar da Philips está estruturado no conceito de que saúde é muito mais do que a ausência de doença, mas sim o equilíbrio entre as dimensões física, mental, social, emocional e espiritual. “Acreditamos que equilibrar a vida profissional e pessoal, conciliando o cuidar do corpo e da mente com momentos de lazer, família e amigos, é fundamental para nossa saúde. Partindo dessas premissas, a atuação em saúde ocupacional é ampliada, saindo da obrigação legal para uma oportunidade de atuação em promoção da saúde com foco na melhora da qualidade de vida do indivíduo”, detalha a executiva.

Ações temáticas
A Diversey Care – divisão da Sealed Air, corporação americana atuante nos setores de higiene industrial e embalagens – é caracterizada pelo forte investimento em higiene, segurança e saúde ocupacional desde os tempos em que integrava a Unilever. Além das ações obrigatórias por lei, como o PPRA e o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), a empresa pauta seus programas em datas temáticas como Dia Mundial sem Tabaco, Dia Mundial da Aids, Outubro Rosa para prevenção ao câncer de mama e Novembro Azul de prevenção ao câncer de próstata para educar seus funcionários.
João Paulo Vidoto, médico coordenador da Sealed Air, explica que a empresa faz avaliações ocupacionais para obter o perfil de saúde dos funcionários e conhecer hábitos, doenças mais frequentes, riscos, de modo a organizar campanhas de vacinação e conscientização.

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O médico ainda destaca que a Sealed Air é uma das empresas pioneiras na região Sul da cidade de São Paulo a adotar a ginástica laboral. “Embora os profissionais de ergonomia citem a ginástica como uma pausa e não como uma intervenção ergonômica, nós acreditamos que seja uma ação educativa principalmente em relação à postura”, pontua.

Embora a Sealed Air seja classificada em grau de risco 3 pelo fato de lidar com produtos químicos, não tem o mesmo grau de agressividade das petroquímicas. Vidoto explica que a unidade fabril da Diversey Care tem cinco plantas produtivas e a fábrica de produtos químicos funciona como uma cozinha que tem várias receitas e a todo momento entra um novo processo, de modo que para cada um é indicado um equipamento de proteção. Portanto, o uso de EPI varia de acordo com o processo. Em relação à ergonomia, para cumprir a NR-7 e NR-17, um comitê se reúne quinzenalmente para discutir as queixas ocupacionais e avaliar possíveis soluções para os problemas.

 

Glossário da saúde e segurança

Grau de risco de acidente de trabalho: instituído pela Norma Regulamentadora Nº 4 do Ministério do Trabalho (NR-4), que também estabeleceu o Serviço Especializado em Medicina e Segurança do Trabalho (SESMT) nas organizações, estabelece os riscos de acidentes ocupacionais de acordo com a atividade da empresa em uma escala que varia de 1 a 5.
Norma Regulamentadora Nº 7 (NR-7): Portaria do Ministério do Trabalho baixada em 8 de junho de 1978, instituiu o PCMSO.
Norma Regulamentadora Nº 9 (NR-9): Portaria do Ministério do Trabalho baixada em 8 de junho de 1978, instituiu o PPRA.
Norma Regulamentadora Nº 17 (NR-17): Portaria do Ministério do Trabalho baixada em 8 de junho de 1978, instituiu a ergonomia no trabalho, estabelecendo parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional: instituído pela Norma Regulamentadora Nº 7 (NR-7) do Ministério do Trabalho, introduziu um “olhar coletivo” nos procedimentos da inspeção do trabalho na área da segurança e saúde, dando ênfase às questões incidentes não somente sobre o indivíduo (abordagem clínica), mas também sobre a coletividade de trabalhadores (abordagem epidemiológica), privilegiando o instrumental clinicoepidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho.
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais: instituído pela Norma Regulamentadora Nº 9 (NR-9) do Ministério do Trabalho, visa a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, considerando a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

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