Sobre a Ginástica Laboral, a primeira notícia que se encontra é uma pequena brochura editada na Polônia em 1925, onde foi chamada também de Ginástica de Pausa. Era destinada a operários e alguns anos depois surgiu também na Holanda e Rússia. Na Noruega ela também foi identificada através do Serviço Social dos Marinheiros. Estes foram valorizados com atividades físicas, realizadas nos próprios barcos ou nos portos durante as escalas. No início dos anos 60 a Bulgária, Alemanha, Suécia e Bélgica adotaram também estes procedimentos (CAÑETE, 1996).
A) Japão
Apesar de ter iniciado na Polônia, a Ginástica Laboral se desenvolveu realmente no Japão, iniciando em 1928 com os funcionários dos Correios. Após a II Guerra Mundial foi difundida em todo o país, sendo que atualmente dois terços dos trabalhadores japoneses exercitam-se diariamente. O resultado obtido, divulgado em 1960 é a conseqüente redução de acidentes, o aumento da produtividade e a melhoria do bem-estar dos trabalhadores (CAÑETE, 1996).
A difusão da Ginástica Laboral entre os japoneses aconteceu devido a um programa da Radio Taissô, que consistia em ginástica rítmica, com exercícios específicos, transmitidos diariamente de manhã por pessoas preparadas e que era acompanhado e executado não somente nas fábricas, mas por toda a população. O programa apresentava ainda informações gerais sobre saúde e trabalho (POLITO, 2002).
B) Bélgica
Um estudo na Bélgica, em 1966, mostrou que a capacidade de atenção depois de um tempo de atividades físicas melhorava em 80,5%, enquanto que depois de um tempo de repouso esta melhora era de apenas de 30,5%. (BRASIL, 1991).
C) França
Na França A introdução da Ginástica Laboral, se deu inicialmente através dos alunos das escolas profissionalizantes. Após foi adotada por outros tipos de empresas como a Companhia de Energia, Ferrovia, Fundição, Mineradoras, Construção Naval e outras (MASCELANI, 2001).
D) Estados Unidos
Nos Estados Unidos, muitas empresas têm investido em programas de Ginástica Laboral. Os programas são implantados não somente para melhorar e manter o condicionamento físico dos funcionários, mas também para promover o bem-estar psicológico e a produtividade, reduzindo desta forma o absenteísmo e o estresse. Em recente pesquisa realizada ficou comprovado que a implantação de programas de Ginástica Laboral reduzem os índices de absenteísmo, satisfação com o trabalho e custos com tratamentos de saúde (RODIN e PLANTE apud CAÑETE, 1996).
2. HISTÓRIA DA GINÁSTICA LABORAL NO BRASIL
No Brasil as primeiras informações que se tem conhecimento datam das décadas de 70 e 80. Um exemplo disto foi a proposta elaborada pela FEEVALE – Federação de Ensino Superior do Vale dos Sinos, que desenvolveu o Projeto Ginástica Laboral Compensatória, iniciando sua implantação em 1978 em cinco empresas do Vale dos Sinos (CAÑETE, 1996).
A experiência desenvolveu-se no Vale dos Sinos e caiu no esquecimento por um longo período, devido ao seu objetivo direcionado a estudos e a mentalidade da época voltada para a implantação em outras empresas. Na década de 80 a Ginástica Laboral é retomada, voltando com força total nos anos 90 devido ao enfoque das empresas para a qualidade de vida, prevenção do estresse e das doenças relacionadas com lesões por esforços repetitivos (POLITO, 2002).
Fonte: Manual da Ginástica Laboral.
Autor: George Coelho
Especialista em Ergonomia Nível I e Diretor da Labore Saúde Ocupacional de Maringá
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