Combate ao Suicídio:  Ação preventiva da Campanha Setembro Amarelo.

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O Combate ao suicídio é problema de saúde pública. Você sabia que condições de trabalho também podem causar suicídio?

 

Más condições do ambiente ocupacional que o colaborador está exposto está entre as 6 maiores causas de suicídio no mundo.

 

Outros grandes fatores estão relacionados a dificuldades financeiras, solidão, depressão, perdas afetivas, problemas de relacionamento e bullying.

 

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida a cada ano.

 

Confira alguns dados oficiais:

 

  • No mundo, a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida.
  • O Brasil, ocupa o 8º lugar entre os países com maior número de suicídios.
  • Em média, ocorrem 12 mil casos por ano e 30 mortes diárias no nosso país.
  • Brasil é o 1º no ranking mundial em transtorno de ansiedade e o 5º em depressão.  
  • No Paraná, a cada quatro dias, acontecem sete mortes por suicídio – registrando alta de mais de 23% nos últimos anos.
  • Segundo dados do Ministério da Saúde, em seis anos, o Paraná registrou um total de 3.942 mortes por lesões autoprovocadas, principalmente entre pessoas de 40 e 59 anos.

Combate ao suicídio e Campanha Setembro Amarelo.

Setembro Amarelo é uma iniciativa da Associação Internacional para Prevenção do Suicídio (IASP) para conter os inúmeros casos no mundo.


A campanha de conscientização setembro amarelo acontece no Brasil desde 2015​ e é uma ação de combate ao suicídio incentivada pelas seguintes instituições:

 

 

10 de setembro é o dia oficial do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas durante todo mês há iniciativas para promoção da saúde mental, da valorização da vida por todo o país e combate ao suicídio.

Quebrando mitos sobre o suicídio.

Você sabia que 9 dos 10 suicídios que ocorrem poderiam ter sido evitados através de medidas preventivas?

 

A falta de conhecimento sobre o tema é o que impede o combate ao suicídio e a redução dos inúmeros casos em todo o mundo.

 

Muitas pessoas julgam que pessoas que cometem suicídio são pessoas fracas. Mas isso não corresponde à verdade!

 

Outro equívoco é achar que quem fala que vai cometer suicídio não vai praticá-lo. Acredite! Quem fala pode executar.

Suicídio pode ser evitado.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% das mortes podem ser evitadas através da prevenção.

 

Normalmente as pessoas com tendência ao suicídio ficam num estado de prostração diante de algum acontecimento ou sentimento negativo.

 

Isso perdura por um determinado período e a pessoa dá alguns sinais, que muitas vezes podem passar despercebidos.

 

O ambiente ocupacional é um lugar propício para o combate ao suicídio, considerando que o colaborador passa a maior parte do seu tempo no trabalho.

 

Fique atento a mudanças bruscas de comportamento dos colaboradores e observe sinais e indícios.

Sinais que devemos observar para atuar no combate ao suicídio.

 

De modo geral, o que caracteriza tendência ao suicídio são indícios e sinais que ocorrem antecipadamente e simultaneamente nas atitudes do indivíduo.

 

Veja alguns indícios que selecionamos e que nos ajudam no combate ao suicídio.

 

  • Alterações de comportamento.

– Pessoas extrovertidas que, de repente, ficaram mais introspectivas.

– Indivíduos calmos que ficaram mais agressivos e irritados.

– Profissionais que começaram a entrar numa espécie de isolamento social e profissional.

 

  • Abandono de atividades e/ou queda da produtividade.

Desânimo para desempenhar funções, queda no rendimento em atividades laborais ou nos estudos.

 

Pedido de demissão ou o ato de trancar a matrícula em uma faculdade pode ser sinal de depressão grave.

 

  • Dificuldade em superar traumas.

Infelizmente, o suicídio pode ser a “saída” encontrada por algumas pessoas em relação aos seus problemas pessoais ou profissionais.

 

  • Desleixo com o visual e higiene pessoal.

Perda de hábitos como cuidados básicos com a aparência e a higiene pessoal também podem indicar que algo está errado.

 

No ambiente ocupacional, o colaborador que faz questão de não utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI) e, quando, orientado diz, com seriedade, coisas do tipo: “seria bom mesmo se acontecesse algum acidente comigo” ou “é bom que morre logo”.

  • Verbalizar o desejo de suicídio.

“Quero sumir de uma vez por todas”, “não aguento mais essa vida”, “isso logo vai acabar” e outros dizeres como este podem indicar que o colaborador já está planejando o suicídio.

 

  • Depressão grave associada ao consumo de álcool e entorpecentes.

Fique atento. Pode ser um agente motivador constante para a prática do suicídio.

 

  • Tentativa de suicídio, atenção redobrada.
    O maior grupo de risco está relacionado a pessoas que já tentaram o suicídio em algum momento de suas vidas.

 

Em 50% dos casos de suicídio, houve uma ou mais tentativas anteriores.

 

Situações como estas exigem um sinal de alerta e monitoramento constantes para prevenção e combate ao suicídio.

Como ajudar pessoas com tendência ao suicídio?

Você pode salvar vidas e atuar no combate ao suicídio até mesmo no anonimato.

 

Caso perceba algo suspeito, a dica é pesquisar nas  redes sociais e observar as postagens da pessoa.

 

Geralmente quem está depressivo costuma publicar seus pensamentos e sentimentos  dando indícios ou tendência suicida.

 

O Facebook, por exemplo, possui a ferramenta “denunciar a publicação” que permite escolher a opção relacionada ao suicídio.

 

Seu amigo do Facebook receberá orientações de ajuda da própria rede social que vai manter sua identidade anônima.

 

Caso a pessoa com comportamento estranho trabalhe com você, comunique os gestores quanto ao risco de suicídio.

 

Esse colaborador será encaminhado para atendimento psicológico e para a assistência social da empresa.

Relação Suicídio/Trabalho dos 60 colaboradores da empresa francesa Orange.

Entre 2006 a 2009, 60 colaboradores da empresa francesa de telefonia, France Télécom (atual Orange), tiraram a própria vida.

 

Os casos começaram a ocorrer após uma reunião onde foram anunciadas cerca de 22 mil demissões e 14 mil mudanças de cargo que estariam prestes a acontecer.

 

O caso foi analisado pela Justiça de Paris que identificou os culpados por criarem um clima de ansiedade proposital.

 

A intenção era “desestabilizar os funcionários” e conduzir os colaboradores a pedirem demissão.

 

Na época o dirigente da reunião disse que os trabalhadores iriam sair da empresa de qualquer jeito.

 

Nem que fosse pelas portas ou pelas janelas. Ele usou exatamente esta expressão.

 

Nada mais absurdo! A consequência disso foi o processo da empresa por assédio moral.

1.633 casos de suicídio com relação ocupacional no Paraná.

O Paraná tem o maior número de suicídios causados por agrotóxicos, segundo dados do Atlas Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia.

 

Aliás, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a  ingestão de pesticida está entre os métodos mais comuns de suicídio no mundo, juntamente com enforcamento e armas de fogo.

 

No Paraná foram registrados 1.633 suicídios por agrotóxicos; a maioria deles entre jovens e adolescentes que trabalham com plantio e intenso uso de agrotóxicos.

 

O motivo é que o contato com alguns desses agrotóxicos provocam graves alterações psicológicas, colaborando para o suicídio destes funcionários.

 

Faça sua parte no combate ao suicídio!

Informe-se, divulgue, compartilhe e principalmente comunique casos de urgência.

Para denúncias, ligue 188 ou entre em contato com o CVV da sua cidade!

CVV Maringá – PR
Tel.: (44) 322-4861
Av. Arquiteto Nildo Ribeiro da Rocha, 865 – Jardim Ipanema
Horário: 18 às 22 horas.

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