Primeiramente, precisamos definir. Crise econômica ou simplesmente crise se refere ao que é a designação dada, por alguns setores político-econômicos, para as oscilações em torno de uma média nos níveis de negócios da economia em nações democráticas com sistema econômico liberal. Tais oscilações são chamadas pelos economistas de ciclos econômicos podendo também serem chamadas por crises financeiras.
Já Segurança do Trabalho é o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas utilizadas para prevenir acidentes, seja eliminando condições inseguras do ambiente, seja instruindo ou convencendo as pessoas da utilização de práticas preventivas.
As duas definições, separadas, parecem não possuir uma relação. Contudo, estão mais próximas do que pensamos. Tudo isso, por conta da grande necessidade das empresas de reduzir os custos de produção.
Contudo, a redução de custos em cima de áreas da segurança do trabalho, como EPI’s, por exemplo, constitui-se em uma ilusão neste tipo de ajuste de contas. Pois, é comprovado que segurança do trabalho, acidentes de trabalho e produtividade das empresas estão diretamente ligados.
Se reduzirmos custos na saúde e segurança do trabalhador estaremos criando condições para o acontecimento de incidentes, acidentes ou mesmo ocorrências de segurança do trabalho. No qual serão aumentadas exponencialmente em cima da atividade que a empresa exerce. Quanto maior o risco, maior será a probabilidade disso acontecer, se não houver uma política para a prevenção, a despeito dos custos que podem surgir.
Logo, é necessário alertar as empresas em relação ao impacto negativo que os acidentes de trabalho causam à produtividade da empresa. Os acidentes de trabalho geram grandes consequências negativas para empregador e empregado. Os custos para a empresa são altos, envolvendo o pagamento de salário dos primeiros 15 dias ao trabalhador acidentado, a paralisação do setor e da produção, comoção do grupo pelo acidente e também despesas referentes a atendimento médico de urgência e etc.
Portanto, cuidar da segurança do trabalhador é uma atitude inteligente, coerente, que evita dissabores e proporciona um aumento na produtividade do trabalho, e este aumento reverte-se na forma de lucros não apenas à empresa, mas também aos trabalhadores e a todos que estão envolvidos dentro do processo, inclusive a sociedade (Carvalho e Nascimento, 2004).
Corrobora com essa afirmação a explicação de Carvalho e Serafim (2004), eles situam o fato de o trabalhador não gozar de boa saúde como uma das principais causas que denotam uma baixa produtividade do trabalho. Entretanto, o Brasil é ainda incipiente no assunto que versa sobre a segurança do trabalho.
Assim, a prioridade sempre deve ser a saúde e a segurança de quem é o responsável pelos lucros da empresa. Sem o trabalhador, não há empresa, não há lucro. E, mesmo que analisássemos somente o custo desta segurança, perceberíamos que esse valor se relaciona em produtividade. Ou seja, se cortarmos isso, teremos uma queda de produtividade. Isso, sem levar em conta os aspectos jurídicos que demandam desta área.
Fonte: Ambientec