Uma das grandes preocupações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é a quantidade de acidentes de trabalho que o país enfrenta.
Em 2015, o país teve 613 mil acidentes de trabalho, com 2.502 mortes. Entre as profissões, a maior quantidade de acidentes típicos se concentrou nos grupos “trabalhadores dos serviços”, que abrange atividades domésticas, de hotelaria, alimentação, beleza e segurança, entre outras, conforme o Código Brasileiro de Ocupações (CBO), com 15,93% do total, e “trabalhadores de funções transversais (15,84%). Esse setor inclui, entre outras funções, supervisores em embalagem e etiquetagem, operadores de robôs, condutores de veículos, operadores de movimentação de cargas e alimentadores de produção.
Já por setor de atividade, a indústria respondeu por 41,09% dos acidentes registrados com CAT e os serviços, por 55,69%. A agropecuária concentrou 3,23%. Nas doenças de trabalho, o subsetor “atividades financeiras” teve participação de 19,38% e o segmento comércio/reparação de veículos automotores, de 9,21%.
Assim, pode-se afirmar, com base nos dados levantados ao longo do ano de 2015, o país está longe de atingir bons índices relacionados à saúde, segurança e bem-estar do trabalhador brasileiro. Uma das medidas tomadas pelo governo foi com a veiculação da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, que teve como objetivo alertar para o risco dos colaboradores de não usarem os equipamentos obrigatórios e não seguirem as regras de segurança recomendadas.
Seguida da campanha, fiscais do Ministério do Trabalho realizaram 26.378 fiscalizações somente nos 3 primeiros meses de 2015, atingindo mais de três milhões de trabalhadores. O resultado foi a autuação de 25.902 empresas, com o embargo ou interdição de 1.108 delas. Mesmo assim, o total de acidentes continua superando a casa dos 700.000, segundo os dados mais recentes.
Causas dos acidentes de trabalho no Brasil
São vários os motivos causadores de acidentes de trabalho no país. Os principais são:
- Não utilizar o Equipamento de Proteção Individual (EPI), que é obrigatório;
- Falhas de instrução do trabalhador (não mostrar como determinado equipamento funciona);
- Falta de conhecimento sobre segurança no trabalho e sobre a manipulação dos equipamentos;
- Imprudência por parte dos trabalhadores em ambientes perigosos;
- Negligência ou ausência de fiscalização do ambiente de trabalho;
- Falha no cumprimento de leis trabalhistas por parte das empresas;
- Negligência com relação aos direitos dos trabalhadores;
- Maquinários velhos e obsoletos, que não substituídos por equipamentos novos.
Dentro desses itens, há diversos comportamentos dos trabalhadores que podem colocar a segurança em risco, excesso de horas trabalhadas, falta de conhecimento sobre a atividade a ser executada ou ao maquinário a ser operado, distrações como conversas paralela, problemas pessoais ou discussões entre a equipe.
Como evitar os acidentes de trabalho
Para evitar os acidentes de trabalho, a melhor atitude é investir na prevenção. As empresas devem oferecer equipamentos adequados e novos aos trabalhadores, que os protejam.
É importante lembrar também que a legislação em vigor fiscaliza e obriga as empresas a oferecerem um local de trabalho saudável e seguro para seus colaboradores. Se necessário, a empresa deve utilizar de advertências, suspensão e até demitir o funcionário que não utilizar os equipamentos obrigatórios.
Além disso, a empresa deve sempre comunicar quando houver acidentes menores, que causam lesões, como prensamento de dedos, lesões devido ao trânsito entre os equipamentos, arranhões em superfícies ásperas etc.
Fonte: http://www.ambientec.com/acidentes-de-trabalho-como-diminuir/