É grande o leque de opções para empresas que desejam implementar ações de promoção da saúde: as iniciativas podem ser permanentes ou ter começo, meio e fim; podem incluir todos os colaboradores ou serem voltadas a públicos bem definidos. Conheça, a seguir, algumas iniciativas adotadas por grandes empresas.
Nutrição e esporte
A Alelo criou, no fim de 2013, o movimento Comer Bem É Tudo de Bom como uma ação para apoiar os gestores de RH das empresas-clientes no estímulo a hábitos saudáveis entre seus funcionários. O carro-chefe da iniciativa é o portal www.alelocomerbemtdb.com.br, que reúne dicas de nutrição e atividade física.
Dentro de casa, a Alelo tem um programa estruturado de estímulo à alimentação saudável e à prática de atividades físicas. “Temos ações ligadas ao Comer Bem É Tudo de Bom e outras que são 100% iniciativas do RH”, explica a diretora da área, Soraya Bahde. No eixo da alimentação, a empresa oferece aos funcionários uma máquina de suco natural, frutas à disposição na copa e um carrinho que circula pelo escritório vendendo lanches saudáveis.
Para estimular a prática de atividade física, a empresa realizou, no fim do ano passado, um projeto piloto com pulseiras contadoras de passos, em que grupos puderam competir entre si. O objetivo agora é expandir a iniciativa. “Queremos realizar uma ‘olimpíada’ interna”, diz a diretora. “Percebemos que as pessoas tendem a preferir ações que tenham começo, meio e fim. ”
O princípio é semelhante ao do Global Corporate Challenge (GCC), um desafio mundial em que grupos de sete pessoas competem em número de passos durante cem dias. No Brasil, uma das empresas participantes é a TAM. Segundo a companhia, 700 colaboradores participaram da ação em 2014; neste ano, serão mil. O programa inclui módulos de orientações nutricionais e de monitoramento do sono, ferramentas que acompanham a evolução de cada participante e uma comunidade virtual. A inscrição individual custa de R$ 159,00 a R$ 199,00, dependendo do número de participantes – no caso da TAM, o valor foi integralmente pago pela empresa.
Também há casos em que a área de Recursos Humanos fornece apoio a iniciativas que partiram dos próprios funcionários. Na Alelo, por exemplo, os colaboradores alugaram uma quadra para jogar futebol, mas a atividade acabou perdendo adesão ao longo do tempo. A empresa decidiu, então, passar a pagar o aluguel do espaço e incentivar a participação – segundo a diretora, hoje 80% dos inscritos comparecem aos jogos.
A companhia também está implantando os serviços do GymPass, um sistema de passes que permite acesso a centenas de academias no país. Cada empresa pode desenhar seu próprio modelo. Os planos são divididos em básico, intermediário e premium e funcionam de maneira coparticipativa, ou seja, com pagamento dividido entre o empregador e o colaborador que decidir aderir ao serviço. Soraya avalia que, nesse caso, estabelecer uma coparticipação evita que o serviço acabe com grande adesão, mas subutilizado.
Definindo públicos
A Comgás criou em 2011 o Mais Viver, um programa guarda-chuva voltado à qualidade de vida que engloba nove ações. Entre elas estão iniciativas ligadas à promoção da saúde que trabalham com recortes de público: Campanha Saúde da Mulher, Campanha Saúde do Homem, Mais Viver na Maturidade e Mais Viver Livre do Tabaco. Esta última, uma ação de apoio psicológico e acompanhamento médico para superar a dependência do cigarro.
O programa também inclui iniciativas de check-up para os executivos, treinos em parques, acesso a academia, apoio psicológico e ginástica laboral. Segundo a empresa, os funcionários são incentivados a participar das ações por meio dos veículos internos de comunicação e ao procurar serviços médicos. Enquanto 49,4% dos brasileiros se declaram insuficientemente ativos, segundo a pesquisa Vigitel 2013, na Comgás esse número cai para 36%, aponta a companhia.
Autoavaliação
A Associação Brasileira de Qualidade de Vida realiza anualmente, desde 1999, o Prêmio Nacional de Qualidade de Vida, que reconhece boas práticas de promoção de saúde e qualidade de vida no ambiente corporativo. Para inscrever uma empresa, é necessário preencher um formulário de autoavaliação. O conjunto de perguntas compõe um balizador útil para avaliar as iniciativas implementadas pelas empresas. Veja alguns dos tópicos a considerar: 1. O programa contempla os diferentes grupos de colaboradores da empresa, como empregados, terceirizados e estagiários, e os vários níveis hierárquicos? |
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