Os mobiliários ergonômicos proporcionam um ambiente organizacional confortável, saudável e seguro.
E bem sabemos o quanto o ambiente de trabalho está relacionado com a produtividade do colaborador.
Tudo que afeta o funcionário e causa algum incômodo compromete o seu rendimento e pode, inclusive, ocasionar doenças ocupacionais.
Mobiliários ergonômicos x doenças ocupacionais.
A princípio, o investimento em mobiliários ergonômicos para sua empresa é sinal de gastos para sua empresa.
No entanto, como todo investimento, só é possível perceber as vantagens e medir o retorno num determinado período de tempo.
A postura correta para desempenhar uma atividade adequada é o fator principal ergonômico que deve ser estudado na hora de planejar os mobiliários ergonômicos de uma empresa.
A má postura pode causar doenças como dorsalgia, por exemplo.
A doença ocupou o 5º lugar no ranking das 20 principais causas de afastamento por mais de 15 dias no país, por acidentes e adoecimentos no trabalho, em 2017.
Segundo informações do portal do governo, dor nas costas foi a maior causa de afastamento do trabalho no Brasil em 2016 , deixando 116.371 pessoas ausentes de suas atividades por mais de 15 dias.
Engana-se quem considera que somente as atividades pesadas são aquelas que mais afastam colaboradores com dorsalgia.
Dados do Ministério do Trabalho apontam que os setores mais atingidos estão relacionados a funções repetitivas como o serviço público e o comércio varejista.
Ler/Dort é outra doença ocupacional comum para quem trabalha em escritórios e atendimento de telemarketing.
A doença pode ser prevenida e corrigida com mobiliários ergonômicos, pausas e ginástica laboral.
Os mobiliários ergonômicos são aqueles que estão aptos ao usuário e a suas características.
Por isso é importante que seja regulável para que possa ser adaptado a cada pessoa.
O mobiliário deve permitir o menor esforço possível do colaborador, mantendo-o numa postura neutra.
Como escolher o mobiliário da sua empresa?
Cadeiras ergonômicas.
Ao escolher cadeiras ou poltronas ergonômicas confira funcionalidades como o apoio de braços, encosto e o material de revestimento.
Quanto ao apoio de braços existem alguns modelos que permitem regular a altura mais confortável para cada pessoa.
O apoio de braços serve para sustentar os ombros e diminuir a tensão que fica sobre a coluna cervical.
Já a regulagem do encosto deve ser feita tanto para altura quanto para a profundidade.
Isso é importante para dar o apoio certo à coluna vertebral do usuário e ao mesmo tempo facilitar seus movimentos.
Existem diversos materiais de revestimento de cadeiras, apenas atente-se para escolher um tipo que não esquente facilmente.
Mesas
A altura padrão proposta pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é de 72 a 75 cm.
A profundidade da mesa deve estar adequada para dispor o teclado, o mouse e o computador.
A parte inferior da mesa deve acomodar as pernas do usuário de forma a compor um ângulo reto de 90º em relação ao chão e a cadeira; tendo o joelho como vértice.
Apoio para os pés.
O apoio para os pés evita dores causadas pela má postura.
Modelos simples e que possuem regulagem de altura são suficientes para se adaptar às necessidades e características do usuário.
Apoios de punhos.
É muito utilizada para evitar L.E.R (lesão por esforço repetitivo) e tendinite.
Apoios de punhos para o teclado e para o mouse atenuam as tensões de atividades que exigem movimentos repetitivos.
Barulho, iluminação e temperatura também devem ser considerados durante a escolha dos melhores tipos de mobiliários ergonômicos para seus colaboradores.
George Coelho, Diretor Estratégico na Labore Saúde Ocupacional, Ergonomista nivel 1 da ABERGO, Fisioterapeuta do Trabalho, Técnico em Segurança, Especialista em Morfofisiologia do Exercício Físico – UEM. Especialista em Ergonomia – UFPR Mestre em Biodinâmica do Movimento Humano – UEM. Perito Judicial – Justiça Estadual – Comarca de Maringá.