Em carta, ele diz que deixa cargo para se candidatar nas eleições de 2018. Anúncio ocorre no dia da divulgação de resultado negativo no mercado de trabalho, após sete meses de geração de empregos com carteira assinada.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, pediu demissão do cargo na tarde desta quarta-feira (27/12). A saída de Nogueira foi confirmada pelo Palácio do Planalto após reunião dele com o presidente Michel Temer.
Também participaram do encontro o presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o líder do partido na Câmara dos Deputados, Jovair Arantes.
Na carta de demissão apresentada ao presidente, Nogueira disse que deixa o cargo para se candidatar nas eleições do ano que vem. “Como decidi que apresentarei meu nome à elevada apreciação do povo gaúcho nas eleições do ano que vem, e de forma coerente com aquilo que sempre preguei, venho por meio desta pedir minha exoneração do cargo de Ministro de Estado do Trabalho”. Segundo a assessoria dele, Nogueira pode tentar a reeleição para deputado federal, mas ainda estuda a possibilidade de concorrer para outro cargo em 2018.
Nogueira volta à Câmara dos Deputados, onde retomará o mandato pelo PTB do Rio Grande do Sul. Ele comandava o Ministério do Trabalho desde maio de 2016.
O último ato de Nogueira no cargo foi a divulgação dos dados de novembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostram o fechamento de 12 mil postos de trabalho no mês de novembro, o primeiro resultado negativo após sete meses de geração de emprego com carteira assinada no país.
Polêmicas
A queda das contratações aconteceu no mesmo período em que a polêmica reforma trabalhista entrou em vigor, frustrando momentaneamente as expectativas do governo, que defendeu a flexibilização das regras trabalhistas para diminuir o desemprego no país.
O cargo de ministro do Trabalho deve continuar com o PTB. O presidente do partido, Roberto Jefferson, confirmou que a legenda indicou o nome do deputado federal Pedro Fernandes, do PTB do Maranhão. A posse dele já estaria agendada para o dia 4 de janeiro.
A gestão de Nogueira foi marcada por polêmicas. Além de ser alvo de críticas por causa da reforma trabalhista, o ministro sofreu críticas internacionais ao criar uma portaria alterando as regras para classificação do trabalho escravo, flexibilizando as características que definem escravidão no Brasil. A portaria foi suspensa, em caráter liminar, pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal.
Fonte: DW
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